
Ana Castela, Wesley Safadão, Zé Neto & Cristiano, Alok e outros artistas chegam a cobrar mais de R$ 1 milhão por show
As festas juninas da Bahia estão entre as mais tradicionais e animadas do Brasil. No entanto, em 2025, o São João virou também palco de polêmica: cachês milionários pagos a grandes artistas têm gerado questionamentos sobre a gestão de recursos públicos, principalmente em cidades com deficiências básicas de infraestrutura.
Veja os valores divulgados: shows ultrapassam R$ 1 milhão
Segundo levantamento compartilhado por comunicadores e populares nas redes sociais, os valores contratados por algumas prefeituras chamam atenção:
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Ana Castela: R$ 800 mil (confirmada em Santo Antônio de Jesus e Jequié)
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Zé Neto & Cristiano: R$ 804 mil
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Leonardo: R$ 750 mil
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Wesley Safadão: R$ 1,1 milhão
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Alok: valor não confirmado, mas show previsto em Irecê e Jequié
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Nattan: R$ 900 mil
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Simone Mendes: R$ 800 mil
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Chiclete com Banana (Bel Marques): R$ 700 mil
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Xand Avião: R$ 700 mil
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Nattan Lima: aumento expressivo, de R$ 30 mil em anos anteriores para R$ 700 mil
Os dados circulam com ironia nas redes, onde usuários dizem frases como: “Tem buraco na sua cidade? Tá faltando luz no seu poste? O saneamento básico não tem? Tá aí, amigo: R$ 1,1 milhão!”
Cultura ou exagero? Cidades divididas entre festa e necessidade
Não há dúvidas de que o São João movimenta a economia local, aquece o comércio e o turismo, além de valorizar a cultura nordestina. No entanto, o uso de verbas públicas para cachês elevados desperta dúvidas, especialmente quando comparado à realidade de muitos municípios que enfrentam problemas em infraestrutura, saúde e saneamento.
Em nota, alguns prefeitos alegam que os shows trazem retorno econômico e que os recursos utilizados vêm de emendas parlamentares ou fundos específicos para cultura. Ainda assim, órgãos de controle, como o Ministério Público da Bahia (MP-BA), já investigam contratos firmados com artistas para os festejos de junho em anos anteriores.
O que diz a legislação?
Segundo o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), eventos com verba pública devem apresentar justificativa clara de interesse público. É necessário ainda que os processos de contratação sejam transparentes e compatíveis com a realidade fiscal da cidade. Gastos desproporcionais podem ser enquadrados como improbidade administrativa.
População se divide nas redes sociais
Nas redes sociais, parte do público defende a realização das festas: “É uma vez no ano, movimenta tudo e traz alegria para o povo.” Outros, porém, cobram mais responsabilidade com o dinheiro dos impostos: “Não tem escola decente nem posto de saúde funcionando direito. E contratam artista de R$ 1 milhão?”
Conclusão: o São João é nosso — mas e o dinheiro também?
O São João da Bahia continua sendo uma das maiores expressões culturais do país, mas a discussão sobre o uso de verbas públicas para financiar shows de artistas milionários é legítima — especialmente quando há demandas urgentes não atendidas pela gestão municipal.
Fica o convite à reflexão: como equilibrar festa, cultura e responsabilidade fiscal?
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