
Entenda os sintomas, riscos e cuidados com as três principais arboviroses que preocupam o Brasil
Com o aumento dos casos de arboviroses em várias regiões do país, é essencial saber diferenciar dengue, chikungunya e zika — doenças transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Apesar das semelhanças, os sintomas e as consequências de cada uma podem variar significativamente, exigindo atenção redobrada da população e dos profissionais de saúde.
Dengue: perigo recorrente com múltiplos sorotipos
A dengue é a mais comum entre as três e pode se manifestar em quatro sorotipos diferentes (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). A infecção por um deles não imuniza contra os outros, o que aumenta o risco de formas graves. Os sintomas típicos incluem:
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Febre alta (39ºC a 40ºC) de início súbito
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Dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos e no corpo
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Manchas vermelhas na pele, principalmente no tórax e membros superiores
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Náuseas, vômitos e cansaço extremo
Nos casos mais graves, chamados de dengue hemorrágica, surgem dores abdominais contínuas, sangramentos, sonolência excessiva, irritabilidade, confusão mental e queda de pressão arterial. Nestes casos, a hospitalização imediata é indispensável.
Chikungunya: dores articulares mais intensas e prolongadas
Assim como a dengue, a chikungunya provoca febre alta e erupções cutâneas, mas se diferencia pela dor articular intensa — frequentemente incapacitante — que pode durar semanas ou até meses. Entre os sintomas mais marcantes estão:
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Febre repentina
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Dor muscular e de cabeça
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Conjuntivite
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Inchaço e dor nas articulações, principalmente nas extremidades
A recuperação costuma ser mais lenta, e há casos em que pacientes relatam sequelas reumatológicas prolongadas.
Zika: sintomas leves, mas perigos ocultos
A zika, por sua vez, é assintomática na maioria dos casos. Quando os sintomas aparecem, são mais brandos:
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Febre baixa (37,5ºC a 38ºC)
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Erupções cutâneas com coceira intensa
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Dor de cabeça e muscular
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Conjuntivite e fotofobia
Apesar da aparente leveza, a zika representa grande ameaça para gestantes. A infecção durante a gravidez pode causar microcefalia e outras malformações no bebê, o que reforça a importância da prevenção, especialmente entre mulheres em idade fértil.
Atenção aos cuidados e tratamento seguro
É fundamental não utilizar medicamentos como aspirina, ibuprofeno, diclofenaco ou corticoides sem orientação médica, pois eles podem agravar o quadro clínico, especialmente em casos de dengue. O ideal é buscar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas para confirmação do diagnóstico e acompanhamento adequado.
Proteja-se e informe-se sempre
As arboviroses continuam sendo uma ameaça real à saúde pública. Manter a sua casa livre de criadouros do mosquito Aedes aegypti, usar repelente e buscar atendimento médico ao menor sinal de sintomas são atitudes que salvam vidas.
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