
Comunidade acusa Prefeitura de destruir espaço ambiental feito com pneus reciclados; moradores cobram respeito ao meio ambiente e à participação popular
BRUMADO | MEIO AMBIENTE | PARTICIPAÇÃO POPULAR — Um vídeo que circula nas redes sociais nesta semana reacendeu o debate sobre o cuidado com o meio ambiente e o respeito às iniciativas comunitárias em Brumado. Moradores do Bairro Apertado do Morro 1 denunciaram a remoção de mais de sete árvores e a destruição de um parquinho ecológico construído pela própria população, em uma ação liderada pela Prefeitura Municipal.
Segundo relatos, o local era antes um depósito de lixo. Desde 2018, a comunidade se mobilizou para transformá-lo em um espaço de lazer, recolhendo pneus descartados irregularmente e os utilizando para criar brinquedos. O projeto ecológico se tornou referência de reaproveitamento e combate à proliferação de doenças como a dengue.
‘Ação maldosa’, diz morador
Em vídeo divulgado nas redes sociais, um morador visivelmente emocionado classificou a ação como “maldosa”. Ele acusa o coordenador do setor de transportes da Prefeitura de ter liderado pessoalmente a derrubada das árvores e a desmontagem do parquinho.
“A prefeitura não tem pensado no meio ambiente. O coordenador arrancou árvores que nós mesmos plantamos. O parquinho de pneus, que evitava focos de dengue, foi destruído. Isso é revoltante”, desabafou.
Iniciativa da comunidade virou símbolo de resistência ambiental
O parquinho ecológico, construído com pneus reciclados, não apenas promovia lazer infantil, mas também representava um ato de cidadania ambiental. Ele foi instalado há sete anos e era mantido pela própria comunidade. A ação da Prefeitura, segundo moradores, ignora os princípios de sustentabilidade e participação popular.
A área, revitalizada por mutirões locais, vinha sendo um exemplo de como pequenas ações comunitárias podem gerar grandes impactos na qualidade de vida dos bairros mais periféricos.
Prefeitura ainda não se pronunciou
Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Brumado não havia se manifestado oficialmente sobre a remoção das árvores e a destruição do parquinho. Moradores exigem um posicionamento e prometem continuar lutando por espaços públicos sustentáveis e participativos.
Organizações ambientais e lideranças comunitárias estudam acionar o Ministério Público e órgãos ambientais para apurar a legalidade da ação.
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