Na noite da última segunda-feira (02), o Conjunto Penal de Brumado foi palco de um princípio de rebelião que mobilizou diversas forças de segurança. Guarnições da Cipe Sudoeste, Rondesp Sudoeste e do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) uniram-se à Polícia Penal para conter a situação. Desde então, as visitas ao presídio foram suspensas, e familiares dos internos permanecem nos arredores da unidade à procura de informações sobre o que está acontecendo.


Entre os relatos de familiares, destacam-se graves denúncias de agressões aos detentos. Ana Maria, residente em Brumado, afirmou que os internos estão sendo submetidos a balas de borracha, bombas e spray de pimenta. “Os meninos gritavam pra parar de bater, pediam menos. Uma opressão. O presídio está uma bagunça, um inferno”, declarou.

A confusão teria começado devido a reclamações sobre a alimentação fornecida na unidade. Segundo Ana Maria, os alimentos estão em condições inadequadas para o consumo. “A comida é podre, os meninos estão passando mal. Ontem, o cheiro de carniça vinha aqui na porta do presídio”, relatou.

Solange, dona de casa de Condeúba, compartilhou sua angústia com a falta de informações claras. “Vim pra cá ontem 22h30, fiquei até 2h. Fui embora e voltei hoje 9h. Vou ficar até darem uma posição pra gente. Eles estão gritando lá dentro. Estamos escutando os gritos dos internos daqui de fora”, disse.

Além disso, Leidiane, de Guanambi, acredita que a situação dentro do presídio é mais grave do que aparenta. Ela destacou que até mesmo advogados foram impedidos de entrar na unidade. “Passaram pra gente que eles estão machucados lá dentro”, afirmou.

O Conjunto Penal de Brumado, atualmente superlotado com cerca de 600 detentos, recebe presos de várias cidades da região, como Caetité, Macaúbas, Guanambi e Condeúba. A superlotação e as condições precárias relatadas por familiares e pelos próprios internos levantam questionamentos sobre a gestão da unidade e os direitos humanos dos detentos.

As autoridades ainda não emitiram uma nota oficial detalhada sobre os desdobramentos do caso, mas a tensão permanece alta. A suspensão das visitas e as denúncias de violência aumentam a pressão sobre a administração do presídio, enquanto familiares e amigos aguardam respostas.



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