Na manhã desta quinta-feira (3), o Brasil perdeu um de seus maiores ícones da comunicação. O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira faleceu aos 97 anos, deixando um legado profundo na história da televisão brasileira. Cid estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, desde o início de setembro, quando foi diagnosticado com insuficiência renal crônica. Seu quadro piorou, resultando em falência múltipla dos órgãos.


Cid Moreira, uma das vozes mais conhecidas e respeitadas do país, começou sua carreira no rádio em 1944 e, ao longo dos anos, construiu uma trajetória de prestígio e credibilidade. Seu trabalho no Jornal Nacional o tornou uma figura presente nos lares de milhões de brasileiros. Ao todo, ele apresentou o telejornal mais de 8 mil vezes, até sua saída em 1996, quando passou a se dedicar a projetos especiais, como a gravação de salmos bíblicos.


A Trajetória de um Gigante da Comunicação


Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, Cid Moreira iniciou sua carreira na Rádio Difusora de Taubaté. Seu talento foi rapidamente notado, e ele passou por diversas rádios de prestígio, como a Rádio Bandeirantes e a Rádio Mayrink Veiga, até se consolidar na televisão nos anos 1950.


Em 1963, ele começou a narrar noticiários no Jornal de Vanguarda, dando início à sua carreira no jornalismo televisivo. O grande marco veio em 1969, quando foi escolhido para substituir Luís Jatobá no recém-criado Jornal Nacional, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil. Cid dividiu a bancada com Hilton Gomes, e sua voz firme e seu clássico "boa noite" se tornaram sinônimos de credibilidade para o público brasileiro.


Durante 26 anos, Cid Moreira foi o rosto principal do Jornal Nacional, transformando-se em um ícone da televisão. Ele compartilhou a bancada por muitos anos com Sérgio Chapelin, formando uma das duplas mais respeitadas do jornalismo brasileiro.


Sucesso no Fantástico e Projetos Paralelos


Além do Jornal Nacional, Cid também teve uma longa participação no programa Fantástico, revezando-se com outros apresentadores. Sua voz ficou marcada no quadro de Mr. M, que desvendava os truques de mágica mais populares. O sucesso foi tanto que ele entrevistou o ilusionista pessoalmente em 2000.


Cid também se dedicou a projetos religiosos a partir da década de 1990, gravando salmos bíblicos e, posteriormente, toda a Bíblia. Em 2011, ele concluiu este projeto, que foi um sucesso de vendas e consolidou seu papel não apenas como comunicador, mas também como uma voz inspiradora.


O Legado de Cid Moreira


O impacto de Cid Moreira na comunicação brasileira vai além da televisão. Sua voz marcou gerações, sendo associada à credibilidade e confiança. Mesmo após sua saída do Jornal Nacional, ele continuou ativo em diversos projetos, sendo sempre lembrado como "a grande voz da comunicação do Brasil". Sua morte marca o fim de uma era, mas seu legado será eternamente lembrado.


Cid Moreira foi mais do que um apresentador; ele foi um contador de histórias que moldou o jornalismo televisivo brasileiro. Deixa uma marca indelével em cada pessoa que teve o privilégio de acompanhar sua trajetória.


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