Hoje, 10 de setembro, marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma data de extrema importância que visa conscientizar a sociedade sobre um dos maiores problemas de saúde pública global. Embora o tema do suicídio raramente receba a devida atenção, ele carrega impactos profundos na vida de milhares de pessoas, famílias e comunidades ao redor do mundo. Em muitos casos, as discussões sobre o assunto ganham relevância apenas após a perda de uma celebridade, e mesmo assim, de forma superficial e temporária.
Neste artigo, vamos destacar os principais fatos sobre o suicídio, como preveni-lo e como cada um de nós pode agir para ajudar a salvar vidas.
Fato 1: A Grande Maioria dos Casos Estão Associados a Transtornos Psiquiátricos
Estudos revelam que 90% das pessoas que cometem suicídio sofriam ou poderiam ter sido diagnosticadas com algum transtorno psiquiátrico, sendo a depressão o mais comum. Outros transtornos frequentemente associados ao suicídio incluem o transtorno bipolar, esquizofrenia, além da dependência de álcool e outras substâncias.
Apesar da complexidade do fenômeno, com ramificações filosóficas, sociológicas e teológicas, é crucial lembrar que o suicídio é, acima de tudo, uma questão médica e deve ser tratado como tal.
Fato 2: Fatores de Risco Envolvem Desesperança e Doenças Graves
Pacientes que demonstram sintomas graves de transtornos psiquiátricos, especialmente aqueles que sofrem de ansiedade, instabilidade emocional, impulsividade e, sobretudo, desesperança, estão em maior risco de suicídio. A sensação de que não há saída ou solução para seus problemas é um sinal de alerta que não deve ser ignorado.
Fato 3: O Suicídio é uma Questão de Saúde Pública
Anualmente, cerca de 5,7 pessoas a cada 100 mil habitantes cometem suicídio no Brasil. Esse número é superior às mortes por doenças como a AIDS, destacando a necessidade de enxergar o suicídio como um problema de saúde pública. Suas consequências afetam não apenas a pessoa em risco, mas toda a rede de familiares e amigos, criando um impacto devastador em larga escala.
Fato 4: O Suicídio Está Subestimado
Apesar de sua gravidade, o suicídio é amplamente subestimado, tanto pela sociedade quanto pelo meio médico. Uma pesquisa realizada em Campinas, por exemplo, revelou que para cada pessoa que busca ajuda em um pronto-socorro após uma tentativa de suicídio, outras três tentaram sem buscar assistência. Além disso, para cada pessoa que tenta, outras 17 estão pensando em suicídio, passando despercebidas.
Fato 5: Grupos de Maior Risco
Homens jovens estão entre os grupos com maior taxa de suicídio, embora as mulheres tentem mais. Entre os idosos, a taxa de letalidade é maior, já que, em muitos casos, utilizam métodos mais agressivos. Transtornos psiquiátricos associados à dependência de álcool e drogas, ou doenças crônicas que causam dor, também aumentam significativamente o risco.
Fato 6: Os Vínculos Sociais São Fatores de Proteção
Uma regra de ouro na prevenção ao suicídio é o poder dos vínculos sociais e familiares. Laços fortes, seja com familiares, filhos, amigos ou mesmo no ambiente de trabalho, funcionam como fatores de proteção contra o suicídio. Por outro lado, a ausência desses vínculos, associada a outros problemas de saúde mental, pode aumentar consideravelmente o risco.
Fato 7: O Suicídio Pode Ser Prevenido
A boa notícia é que o suicídio pode ser prevenido. A identificação precoce de sinais de alerta, como falas sobre desespero e vontade de desistir, é fundamental. Muitas vezes, o simples ato de ouvir alguém pode salvar vidas. Demonstrar empatia e perguntar diretamente sobre o suicídio, quando necessário, é um passo crucial na abordagem de pessoas em risco.
Se você ou alguém que conhece está passando por um momento difícil, não hesite em procurar ajuda. Ouvir, apoiar e encaminhar para tratamento adequado são formas eficazes de prevenir tragédias.
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