Na manhã desta segunda-feira, 19 de agosto de 2024, os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) iniciaram uma paralisação de 24 horas, após rejeitarem a proposta de recomposição salarial oferecida pelo governo estadual. As atividades foram suspensas na Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

A decisão pela paralisação foi tomada em assembleias realizadas na semana passada, onde a maioria dos docentes votou contra a proposta do governo. De acordo com a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), o governo propôs um aumento salarial de 1% ao ano, ao longo dos próximos quatro anos, para compensar as perdas inflacionárias acumuladas, estimadas em quase 35% segundo o Dieese. Essa proposta gerou indignação entre os professores, que consideraram o aumento insuficiente diante da defasagem salarial.

Mobilização e Negociações

Além da paralisação das aulas, os professores planejaram atividades de mobilização em várias cidades da Bahia onde existem campi das Uebas. A mobilização inclui panfletagens, rodas de conversa, utilização de carros de som, e visitas a emissoras de rádio. Em Salvador, por exemplo, um café da manhã com panfletagem foi realizado em frente ao pórtico da Uneb, no bairro da Cabula, às 9h.

Ainda nesta segunda-feira, às 14h30, haverá uma reunião da mesa de negociação entre as representações do governo e dos professores das Uebas, na Secretaria Estadual da Educação, em Salvador. Nessa reunião, os docentes apresentarão uma contraproposta, que inclui o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além de um reajuste de 4,5% na recomposição salarial, a ser implementado a partir de 1º de janeiro nos próximos três anos.

Reivindicações Adicionais

Além da questão salarial, os professores das Uebas também estão reivindicando a resolução de outras questões críticas, como as filas paradas de promoções e progressões, a implantação das mudanças de regime de trabalho pendentes e o fim da lista tríplice para a escolha de reitoras e reitores. Essas demandas refletem a insatisfação crescente dos docentes com as condições de trabalho e a falta de valorização profissional.

A paralisação é um reflexo da insatisfação e da luta contínua dos professores por melhores condições de trabalho e salários dignos. O desfecho das negociações desta segunda-feira será crucial para determinar os próximos passos do movimento docente.


Para continuar informado sobre as últimas notícias de Brumado e região, junte-se ao nosso grupo exclusivo no WhatsApp. Receba atualizações em tempo real e participe das discussões sobre os temas que mais impactam a nossa comunidade. Clique aqui para entrar.



Deixe seu Comentário