O lavrador Israel Gonçalves Alves, de 52 anos, viu sua vida virada de cabeça para baixo devido a um erro crítico no sistema de reconhecimento facial. Acusado de um homicídio cometido em 2010 na cidade de Camaçari, Israel foi injustamente preso por sete dias no Conjunto Penal, apesar de sua total inocência. A confusão se deu pelo uso inadequado de tecnologias de reconhecimento facial, culminando em uma acusação errônea que associou o nome de Israel a um crime que ele nunca cometeu.
A defesa de Israel, liderada pelo advogado Sandro Sodrak, não mediu esforços para provar a inocência de seu cliente. "Nosso cliente não teve nenhuma participação nesse crime. Nunca foi à cidade de Camaçari e, hoje, ele está livre para seguir sua vida sem medo. Ele ficou bastante traumatizado com a situação que viveu," declarou Sodrak. Segundo o advogado, o erro não estava no sistema de reconhecimento facial em si, mas na forma como a Polícia Civil de Camaçari manipulou os dados. "O reconhecimento facial foi ok. O erro foi da Polícia Civil de Camaçari, que simplesmente atrelou os dados dele ao processo. Citaram uma pessoa com o nome semelhante ao dele, só que não fizeram a investigação para saber se o nosso cliente era o mesmo apontado na cidade de Camaçari," explicou o advogado.
A sentença absolutória foi proferida de forma sumária pelo juiz, que reconheceu a inocência de Israel Gonçalves Alves e desconsiderou as acusações infundadas. Com essa decisão, o processo tomará um novo rumo, afastando definitivamente o lavrador das acusações que mancharam sua vida. Israel, com o auxílio de seu advogado, já está preparando uma ação indenizatória contra o Estado, buscando compensação pelos dias de prisão injusta e pelos danos morais sofridos.
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