Na última terça-feira, dia 28 de maio, dois monitores do Conjunto Penal de Brumado, localizado no sudoeste da Bahia, foram demitidos devido a um impasse em suas funções. Ivanildo Rocha, um dos monitores dispensados, revelou que a decisão ocorreu após uma reunião interna, na qual a administração manteve a exigência de que os monitores inspecionassem as roupas íntimas dos detentos.
Rocha criticou duramente a medida, destacando a falta de respeito tanto para com os funcionários quanto para os próprios presos. "Isso é uma falta de respeito com os funcionários e com os próprios detentos. Lá tem gente com coceira, muitos doentes, as cuecas sujas e a gente era obrigado a pegar nessas cuecas. Não via necessidade nenhuma, a gente via que não tinha nada lá", desabafou.
Este incidente levanta importantes questões sobre as condições de trabalho e o tratamento humanitário nas unidades prisionais. A obrigação de realizar inspeções físicas invasivas, como a descrita por Rocha, coloca os trabalhadores em situações desconfortáveis e potencialmente insalubres. Além disso, essa prática pode agravar as condições de saúde dos detentos, que já enfrentam diversos desafios dentro do sistema penal.
A demissão dos monitores chama a atenção para a necessidade de revisar os procedimentos internos das unidades prisionais, garantindo que sejam respeitadas tanto a dignidade dos trabalhadores quanto a dos presos. É crucial que as autoridades competentes reavaliem essas práticas e implementem medidas que assegurem um ambiente mais justo e seguro para todos os envolvidos.
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