Manaus, 13 de dezembro de 2025 — O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu revogar o habeas corpus preventivo concedido à médica Juliana Brasil Santos, investigada pela morte do menino Benício Xavier, de 6 anos. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (12), quatro dias após a Justiça negar pedido semelhante feito pela técnica de enfermagem Raíza Bentes Paiva, também alvo da investigação.
O que motivou a revogação do habeas corpus?
A reavaliação ocorreu após o delegado Marcelo Martins prestar esclarecimentos ao Judiciário e detalhar o andamento do inquérito. Entre as medidas adotadas, foi solicitada perícia no sistema eletrônico do hospital onde a criança foi atendida, para verificar registros e procedimentos.
Entenda o caso Benício
Benício Xavier morreu na madrugada de 23 de novembro, após dar entrada em um hospital particular de Manaus com tosse seca e suspeita de laringite. Segundo relato do pai, a prescrição incluiu:
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lavagem nasal;
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soro;
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xarope;
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três doses de adrenalina intravenosa, de 3 ml a cada 30 minutos.
O menino não resistiu após a administração do medicamento.
O que dizem as investigações?
A médica reconheceu o erro em documento encaminhado à Polícia Civil e em mensagens trocadas com outro profissional, nas quais pediu ajuda. A defesa afirma que a admissão ocorreu “no calor do momento”.
A técnica de enfermagem Raíza Bentes Paiva, responsável pela aplicação do medicamento, também é investigada. Ambas respondem ao inquérito em liberdade enquanto as apurações continuam.
Por que a decisão mudou?
Inicialmente, em 27 de novembro, a desembargadora Onilza Abreu Gerth havia concedido o habeas corpus à médica por entender que não havia elementos concretos para prisão preventiva.
No entanto, a desembargadora Carla Maria Santos dos Reis decidiu revogar o benefício ao apontar incompetência da Câmara Criminal para analisar o pedido naquele momento. Segundo a magistrada, o habeas corpus deveria ter sido apreciado em primeira instância.
O que acontece agora?
Com a revogação, o processo segue:
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com novas diligências;
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análise de provas técnicas;
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avaliação das responsabilidades médicas e administrativas.
A Polícia Civil continua a investigação para esclarecer as circunstâncias da morte.
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