Trump impõe sobretaxa de 50% às exportações brasileiras a partir de 1º de agosto
União Europeia e outros 20 países também são afetados
A partir da próxima sexta-feira (1º de agosto), o Brasil passará a ser o país mais prejudicado por uma nova rodada de sobretaxas comerciais anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. A decisão impõe uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos.
A medida faz parte de uma estratégia agressiva do governo dos EUA para pressionar acordos comerciais bilaterais e fortalecer sua posição econômica global. No total, mais de 20 países e a União Europeia foram incluídos na nova política tarifária.
Apenas seis países conseguiram acordos com redução de tarifa
Até o momento, somente seis países fecharam acordos com os EUA para amenizar os impactos: União Europeia, Reino Unido, Japão, Vietnã, Filipinas e Indonésia. No caso da UE, por exemplo, a tarifa caiu de 30% para 15%, após compromissos de investimentos e compras bilionárias nos setores de energia, defesa e tecnologia americana.
O Reino Unido, por sua vez, aceitou reduzir barreiras regulatórias e ampliar importações de produtos agrícolas dos EUA. Com isso, garantiu tarifa de apenas 10%. Já o Vietnã, ao restringir conteúdo chinês em seus produtos, reduziu a tarifa de 40% para 20%.
Brasil fica fora dos acordos e perde competitividade global
Sem qualquer tipo de acordo com Washington até o momento, o Brasil se vê em desvantagem comercial severa, especialmente em setores como agronegócio, mineração e manufatura, que dependem fortemente das exportações para os Estados Unidos.
Empresários e especialistas alertam que a medida pode provocar queda nas exportações brasileiras, perda de empregos em setores estratégicos e redução na entrada de divisas no país.
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