Reflexão sobre valorização profissional e respeito nas relações
É cada vez mais comum ver histórias que causam revolta: uma pessoa da família contrata um serviço, paga normalmente a um desconhecido, mas, ao procurar um parente que trabalha na área, quer que o serviço seja feito de graça.
Esse comportamento é mais comum do que se imagina, principalmente em cidades do interior como Brumado, onde as relações familiares e comunitárias são próximas — mas, muitas vezes, não valorizam o profissional que está ao lado.
“Você pode fazer rapidinho pra mim?”: o peso do favor disfarçado
O problema não é ajudar. Todo mundo gosta de dar uma força para quem ama. Mas quando um parente trabalha com aquilo e depende da profissão para pagar contas, criar filhos e sobreviver, o favor repetido vira exploração.
Uma agente de saúde e moradora de Brumado que não quis se identificar, compartilhou com a nossa reportagem:
“Já me pediram medição de pressão, curativo, atendimento de graça… Mas na hora de pagar consulta, vão lá e pagam R$ 200 pra um estranho.”
Esse tipo de comportamento, além de desvalorizar o profissional da família, quebra a confiança e gera mágoas. Ninguém é obrigado a trabalhar de graça só porque é parente — especialmente quando os outros recebem pelo mesmo serviço.
Valorize quem está perto: apoio não é abuso
A melhor forma de ajudar um parente que tem uma profissão é contratando com respeito, pagando com dignidade e indicando para outras pessoas.
Se você pagaria para alguém de fora, por que não fazer o mesmo com quem está dentro da sua casa ou na sua comunidade?
Seja um parente que valoriza, apoia e reconhece. Assim, todos crescem juntos.
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