Bradesco lucra bilhões, mas demite em Brumado
O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou um protesto nesta quarta-feira (16) em frente à agência do Bradesco em Brumado (BA). A manifestação foi motivada pela demissão de mais um funcionário neste ano, somando três cortes apenas em 2025. Segundo o sindicato, a agência suspendeu os atendimentos presenciais até o meio-dia durante o ato.
O presidente do sindicato, Leonardo Viana, questionou os desligamentos, especialmente em um cenário de lucros expressivos. “O Bradesco lucrou quase R$ 6 bilhões só no primeiro trimestre deste ano”, afirmou. Para ele, a política de cortes é incompatível com a saúde dos trabalhadores e a qualidade do atendimento ao público.
Funcionários adoecem e clientes enfrentam filas
Além de denunciar as demissões, Viana chamou a atenção para o impacto nas condições de trabalho. “Os colegas que ficam acabam sobrecarregados. Adoecem, precisam se afastar, enquanto os clientes enfrentam filas intermináveis e serviços cada vez mais lentos”, pontuou.
A insatisfação também se estende à justificativa usada pelos bancos para os cortes. O dirigente afirmou que a concorrência com fintechs não justifica o ritmo de desligamentos. “Mesmo com a ascensão dos bancos digitais, os tradicionais continuam lucrando bilhões”, disse.
Lucros bilionários contrastam com cortes
De acordo com dados apresentados pelo sindicato, o Bradesco lucrou R$ 20 bilhões em 2024, enquanto o Itaú obteve R$ 40 bilhões e o Banco do Brasil, R$ 38 bilhões. “Os números mostram que há espaço para manter os empregos e oferecer condições dignas de trabalho”, ressaltou Viana.
O sindicato prometeu continuar apoiando os trabalhadores demitidos, cobrando explicações da direção regional do Bradesco e acionando o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho para tratar dos cortes no setor bancário.
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