
Criança negra de apenas 5 anos sofre ataques recorrentes de colegas; caso expõe urgência de combate ao preconceito nas instituições de ensino
Com voz firme, mas visivelmente emocionada, a brumadense Nádia, mãe da pequena Maria Anitta, usou as redes sociais neste início de junho para relatar o que classificou como "uma dor calada que já ultrapassou todos os limites": sua filha, uma criança negra, vem sendo alvo constante de racismo em uma escola particular da cidade de Brumado.
Em um vídeo forte e corajoso, Nádia denuncia que a filha de 5 anos é verbalmente agredida por duas colegas da mesma idade, com expressões que vão desde comentários pejorativos sobre seu cabelo até ofensas diretas à sua cor de pele. "Seu cabelo é de arame", "você parece um urubu", "você é feia porque é negra", são algumas das frases relatadas.
💔 O impacto psicológico e a dor do racismo na infância
As agressões, segundo a mãe, não são recentes. Ao longo do tempo, a família tentou compreender e orientar a filha com paciência, atribuindo os episódios à imaturidade das crianças. No entanto, o caso tomou proporções alarmantes.
"Minha filha está sendo ferida no lugar onde deveria ser acolhida: a escola. Ela chega em casa maquiada pelas colegas, constrangida, insegura. Palavras duras estão abalando sua autoestima" — relatou Nádia, em tom emocionado.
A mãe ainda destacou que o episódio ocorre em uma escola particular, onde, segundo ela, havia uma expectativa maior de estrutura e diálogo. Ela informou que procurou a direção da instituição, mas nenhuma medida concreta foi tomada até o momento. Um dos pais se negou a participar de uma reunião conjunta e o outro negou que a filha praticasse racismo, justificando que "a melhor amiga dela é negra".
📚 Escola é lugar de aprendizado — inclusive sobre respeito e diversidade
Casos como o de Maria Anitta expõem uma realidade que ainda é silenciada em muitos ambientes escolares: o racismo estrutural também atinge as crianças, ferindo sua autoestima, limitando seu desenvolvimento e perpetuando a exclusão social.
Especialistas em educação e psicologia apontam que a escola tem um papel crucial na formação da empatia e do respeito às diferenças. Além de ensinar conteúdos, ela deve promover ambientes inclusivos, onde todas as crianças se sintam vistas, respeitadas e valorizadas.
🛑 Racismo é crime e precisa ser combatido com firmeza
Segundo a Lei 14.532/2023, que atualizou a legislação brasileira, racismo e injúria racial passaram a ser tratados de forma equiparada. Isso significa que qualquer manifestação discriminatória com base em raça, cor, etnia, religião ou origem nacional é considerada crime e inafiançável.
No caso de crianças envolvidas como vítimas ou autores, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a responsabilização dos pais e o acompanhamento psicossocial dos menores.
📌 ORIENTAÇÕES PARA MÃES E PAIS QUE ENFRENTAM SITUAÇÕES PARECIDAS:
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Documente tudo: Guarde prints, vídeos, áudios e relatos da criança. Isso pode ser fundamental em uma denúncia formal.
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Procure a escola oficialmente: Envie uma notificação por escrito e peça um protocolo de atendimento. Exija ações concretas de mediação e combate à discriminação.
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Registre boletim de ocorrência: Racismo é crime. Mesmo que os agressores sejam menores, os responsáveis podem ser responsabilizados legalmente.
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Apoio psicológico: Ofereça acompanhamento com psicólogo especializado em infância e traumas. O impacto emocional pode ser profundo.
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Denuncie aos órgãos competentes: Acione o Conselho Tutelar, Ministério Público ou a Ouvidoria do MEC se a escola for omissa.
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Busque redes de apoio: ONGs, coletivos antirracistas, defensorias públicas e movimentos negros podem orientar e acompanhar o caso.
✊🏽 Um chamado à responsabilidade coletiva
A luta contra o racismo começa na infância. Formar cidadãos conscientes passa pela valorização da diversidade e pelo combate direto à intolerância. O caso de Maria Anitta não pode ser apenas mais um: precisa despertar o compromisso de escolas, famílias e da sociedade em proteger nossas crianças negras.
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