
Dados de 2025 revelam alerta social e legal sobre crianças sem paternidade reconhecida
Um levantamento recente da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Brasil (Arpen Brasil) revelou um dado preocupante: 3.764 crianças foram registradas sem o nome do pai na Bahia apenas em 2025. Em Salvador, o número chega a 756 casos, o que representa 20% do total no estado. O dado, divulgado pelo portal Metro1, acende um sinal de alerta sobre uma realidade silenciosa que atinge principalmente famílias lideradas por mães solo.
Consequências legais e emocionais da ausência paterna
Especialistas alertam que a falta do nome do pai na certidão de nascimento vai além de um dado burocrático. Trata-se de um fator que pode impedir a criança de acessar direitos fundamentais, como pensão alimentícia, herança e até mesmo inclusão em planos de saúde ou benefícios sociais que exigem a identificação do responsável legal.
Além disso, os impactos emocionais não podem ser ignorados. Psicólogos ressaltam que a ausência de reconhecimento paterno pode afetar diretamente o desenvolvimento psicológico e comportamental das crianças. “Muitas vezes, a identidade da criança é construída a partir da noção de pertencimento familiar. Quando um dos pilares é apagado, surgem inseguranças que acompanham por toda a vida”, explica a psicóloga infantil Carla Menezes.
Mães solo e a sobrecarga invisível
A estatística também evidencia o desafio crescente enfrentado por mães solo, que assumem integralmente a responsabilidade financeira, afetiva e educacional dos filhos. Em muitos casos, essas mulheres enfrentam desigualdade no mercado de trabalho, preconceito social e ainda precisam lidar com o peso psicológico da ausência do pai na vida dos filhos.
Organizações sociais e defensores públicos defendem ações mais efetivas para garantir a responsabilização paterna, incluindo a ampliação de campanhas de reconhecimento voluntário de paternidade e o fortalecimento de políticas públicas de apoio às mães solo.
A realidade exige reflexão e ação
Diante desses números alarmantes, torna-se urgente repensar políticas sociais, jurídicas e educacionais que promovam responsabilidade parental, acolhimento familiar e amparo às mães solo. Mais do que estatísticas, são vidas impactadas por omissões que precisam ser corrigidas.
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