Você ainda estuda relendo textos e virando a noite antes da prova? Técnicas tradicionais de estudo podem estar te atrapalhando mais do que ajudando. Especialistas em neuroeducação revelam quais métodos realmente funcionam — e o que evitar — para ter mais aprendizado, foco e melhores notas.



🧠 O que é mito e o que é ciência no estudo


Por décadas, técnicas como reler o conteúdo, grifar o texto e estudar de última hora foram adotadas por estudantes de todos os níveis. Mas, segundo o professor Matthew Bernacki, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte (EUA), essas práticas têm baixa eficácia para a memória de longo prazo.

Ao contrário do que muitos pensam, o cérebro não aprende melhor sob pressão, e a sensação de domínio ao reler um conteúdo pode ser apenas uma ilusão. O segredo está em ativar o cérebro de forma prática e contínua.



✅ Os 5 métodos de estudo mais eficientes, segundo a ciência


1. Aprendizado ativo

A simples leitura não garante que o conteúdo será assimilado. Para fixar o que estudou, você precisa interagir com a informação:

  • Crie perguntas e tente respondê-las.

  • Explique o conteúdo com suas palavras, em voz alta.

  • Use exemplos reais para aplicar o conhecimento.

  • Faça mapas mentais ou resumos com lógica.

🔎 Quanto mais esforço cognitivo, maior a retenção.


2. Estudo espaçado

A chamada “maratona de estudos” na véspera da prova até pode render uma nota aceitável, mas seu cérebro vai descartar o conteúdo logo depois. A alternativa é o estudo distribuído:

  • Divida o estudo em sessões curtas (30-40 min) ao longo da semana.

  • Revise aos poucos, todos os dias.

🧬 Isso ajuda a consolidar o conhecimento em memória de longo prazo.



3. Técnica Pomodoro


Ficar 4 horas seguidas estudando não é garantia de produtividade. O método Pomodoro, criado na Itália, propõe:

  • Estudar por 25 a 35 minutos com foco total.

  • Fazer pausas curtas de 5 minutos.

  • Repetir o ciclo 3 a 4 vezes e depois fazer uma pausa maior.

📵 Durante o tempo de estudo, o celular deve ficar longe.



4. Autorregulação


Não existe uma fórmula única. O ideal é ajustar as técnicas ao tipo de conteúdo:

  • Fórmulas matemáticas simples: repetição pode bastar.

  • Conceitos abstratos ou interdisciplinares: exigem explicação, conexão e exemplos.

🎯 Quem se conhece, estuda melhor.


5. Ensinar para aprender

Explicar para outra pessoa é uma das formas mais eficazes de aprendizado. Ao ensinar:

  • Você organiza mentalmente o conteúdo.

  • Percebe o que sabe e o que ainda precisa estudar.

  • Fortalece as conexões neurais.

🗣️ Se você consegue ensinar, então você aprendeu de verdade.



🚫 O que evitar nos estudos:


  • Reler textos sem estratégia.

  • Grifar sem objetivo claro.

  • Estudar com o celular ligado e redes sociais ativas.

  • Deixar tudo para a última hora.


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