
Mudança no segundo uniforme da seleção levanta debate político e ameaça de investigação no Congresso
BRASÍLIA | SEGUNDA-FEIRA (28/04/2025) – O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) voltou ao centro dos holofotes nesta segunda-feira (28), ao ameaçar abrir uma CPI contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e seu presidente, Ednaldo Rodrigues. O motivo: a possível adoção de uma camisa vermelha como segundo uniforme da Seleção Brasileira, informação ainda não oficializada, mas já ventilada pela fornecedora Nike.
A reação do parlamentar mineiro foi imediata. Em vídeos publicados nas redes sociais, Cleitinho classificou a possível mudança como um “ato político travestido de modernização” e acusou a CBF de tentar descaracterizar os símbolos nacionais por razões ideológicas.
“A Copa do Mundo é feita por seleções. As seleções são representadas por sua bandeira. A bandeira do Brasil tem vermelho?”, questionou o senador.
Uniforme vermelho da seleção: Tradição ou ideologia?
Historicamente, o uniforme principal da Seleção Brasileira é o amarelo, símbolo adotado após a derrota para o Uruguai na final de 1950. Já o uniforme reserva é tradicionalmente azul, consagrado na vitória contra a Suécia na Copa de 1958. A possível substituição da camisa azul por uma vermelha tem gerado reações intensas entre políticos e torcedores.
Cleitinho afirma que a decisão tem fundo eleitoral. “Eles querem fazer politicagem e ideologia acabando com uma tradição que representa o povo brasileiro”, declarou.
CBF e Nike ainda não confirmaram a mudança
Apesar da polêmica, CBF e Nike ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a cor do novo segundo uniforme da seleção. Fontes ligadas à entidade afirmam que a alteração ainda está em estudo e visa explorar novas vertentes de marketing esportivo.
Especialistas lembram que outras seleções já adotam cores fora de suas bandeiras, como a Itália (azul), Alemanha (branco) e Japão (azul). “Não há obrigatoriedade de vínculo entre as cores do uniforme e a bandeira do país”, afirma um historiador do futebol ouvido pela reportagem.
Críticas à politização da camisa da seleção
A camisa da Seleção Brasileira, especialmente a amarela, tem sido símbolo de manifestações políticas desde 2013, com ênfase durante o governo de Jair Bolsonaro. Cleitinho afirma que a mudança de cor seria uma tentativa de esvaziar esse simbolismo.
“Ano que vem tem Copa e eleição. Isso não é coincidência”, criticou o senador.
Assista ao vídeo:
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