Conviver com crianças com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) na sala de aula é um desafio diário. E a verdade é que ninguém te prepara de verdade pra isso. A teoria é linda no papel, mas e na prática? Como manter o controle da turma, dar atenção pra quem precisa e ainda fazer o conteúdo andar?

Esse artigo é pra você, que já se pegou exausto no fim do dia, se perguntando se está mesmo fazendo um bom trabalho. Vamos direto ao ponto.

Entendendo o que é TDAH de verdade

Antes de qualquer coisa, é preciso entender que o TDAH não é “falta de educação” ou “birra”. Crianças com esse transtorno têm um funcionamento cerebral diferente. Elas não escolhem ser agitadas ou desatentas. Isso acontece por causa de uma disfunção neurológica que afeta o autocontrole, a concentração e a organização.

Quando você entende isso, começa a enxergar o comportamento com outros olhos. E é aí que começa a mudança na sua forma de lidar.

Estratégias práticas que funcionam na sala

Vamos direto ao que interessa: o que funciona?

• Estabeleça uma rotina clara: crianças com TDAH precisam de previsibilidade. Quadros de horários visuais ajudam muito.

• Dê instruções objetivas e curtas: quanto mais direto for, melhor elas entendem.

• Crie metas pequenas e recompensas simples: não precisa ser presente caro. Um elogio sincero pode ter um impacto enorme.

• Ofereça pausas estratégicas: elas se cansam rápido. Permita que levantem, bebam água, respirem.

• Use o olhar como comando: contato visual funciona melhor do que gritar o nome.

Essas práticas ajudam a criança e aliviam a pressão sobre você. Porque manter o controle da sala não é sobre rigidez, mas sobre estratégia.

O que você nunca deve fazer

Evite expor, rotular ou comparar a criança com os colegas. Isso só piora o comportamento e abala a autoestima. Também não adianta aumentar o tom de voz ou aplicar punições exageradas. Com TDAH, punição não ensina. Ensina é a constância, a paciência e o apoio.

Você não está sozinho (e não precisa inventar tudo do zero)

Se você chegou até aqui, é porque se importa. E quem se importa já está no caminho certo. Mas pra ir além, você precisa de suporte, de orientação real, e de um plano que funcione com a realidade da sala de aula.

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