O cantor Leonardo se pronunciou publicamente após seu nome aparecer na chamada “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que reúne pessoas e empresas envolvidas com trabalho em condições análogas à escravidão. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o artista expressou surpresa e tristeza com a situação, explicando sua versão dos fatos relacionados à fazenda que ele arrendou.



Segundo Leonardo, a fazenda Lakanka, localizada em Jussara (GO), foi arrendada em 2022 para que o arrendatário pudesse plantar soja ou milho. Ele afirma que não conhece os funcionários que estavam trabalhando no local e que a responsabilidade pelas condições de trabalho seria do arrendatário, não dele diretamente. O cantor ainda mencionou que foi visitado pelo Ministério Público do Trabalho e que uma multa foi lavrada em seu nome. Após pagar a multa, ele declarou que o caso já foi arquivado.


As alegações do Ministério do Trabalho


De acordo com o relatório do MTE, durante a fiscalização realizada nas fazendas Talismã e Lakanka, seis trabalhadores foram resgatados, incluindo um adolescente de 17 anos. O relatório indicou que os trabalhadores viviam em condições insalubres, com camas improvisadas, falta de banheiros, e presença de animais como morcegos, escorpiões e lacraias nos alojamentos.

Um dos trabalhadores relatou ao MTE que o ambiente era extremamente precário, com cheiro forte e infestação de formigas e cupins que se moviam sobre os trabalhadores enquanto dormiam. A situação descrita se enquadra nas características de trabalho análogo à escravidão, o que levou à inclusão do nome do cantor na lista do MTE.


O posicionamento de Leonardo


Em seu pronunciamento, Leonardo reforçou que jamais compactuaria com condições de trabalho precárias e que toda essa situação seria um grande equívoco. Ele reiterou que é uma pessoa de princípios, ressaltando que a sua criação o ensinou a valorizar a honestidade e a justiça.

"Eu jamais faria algo assim, gente. Sou totalmente contra esse tipo de coisa", disse o cantor, deixando claro que é contra qualquer prática de trabalho análogo à escravidão. Além disso, Leonardo afirmou que desconhecia os trabalhadores que estavam na fazenda e, segundo ele, a responsabilidade direta seria de quem estava arrendando a terra.

Mesmo após esclarecer o caso, o cantor pagou um valor de R$ 225 mil em indenizações aos trabalhadores resgatados, segundo informações divulgadas.


Reflexões sobre o caso


O caso envolvendo o cantor Leonardo levanta discussões importantes sobre a responsabilidade de proprietários de terras arrendadas e como as condições de trabalho em zonas rurais devem ser fiscalizadas. Independentemente da propriedade estar sob arrendamento, é essencial que as condições de trabalho sejam verificadas regularmente para evitar situações de violação dos direitos humanos, especialmente em casos de trabalho escravo.

Embora Leonardo tenha expressado sua tristeza e indignação com o ocorrido, o caso nos faz refletir sobre como essas situações são complexas e muitas vezes envolvem questões que vão além do conhecimento direto dos proprietários de terras.


Assista ao vídeo:




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