Você já se pegou rolando na cama, incapaz de encontrar o sono, enquanto o relógio avança implacavelmente para a madrugada? Se sim, você não está sozinho. Mais do que nunca, a dificuldade para dormir tornou-se uma epidemia silenciosa que afeta milhões de pessoas em todo o Brasil.


De acordo com uma pesquisa da Fiocruz, mais de 70% da população brasileira enfrenta problemas para dormir, seja insônia, apneia do sono ou outras condições relacionadas. Essa preocupante estatística reflete uma realidade preocupante: o sono de qualidade tornou-se um luxo para muitos, em vez de um direito fundamental para uma vida saudável.


Especialistas renomados, como o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho e a neurologista Dalva Poyares, unem-se para explorar as raízes desse problema crescente.


Lorenzi Filho, diretor do Instituto do Sono do Incor em São Paulo, descreve o "déficit de sono" como uma verdadeira epidemia. Ele aponta para condições como insônia, que afeta cerca de 73 milhões de brasileiros, e apneia do sono, que também prejudica a qualidade do descanso noturno, como principais preocupações.


Os impactos de uma noite mal dormida não se limitam apenas à sonolência diurna. Os especialistas advertem sobre os riscos a longo prazo para a saúde cardiovascular e o aumento da suscetibilidade à depressão. De fato, a Associação Americana do Coração recentemente incluiu o sono de qualidade como um pilar fundamental para a saúde cardíaca, reconhecendo sua importância ao lado de fatores como alimentação saudável e exercícios físicos.


No entanto, é crucial distinguir entre uma noite ocasional de sono ruim e um distúrbio crônico como a insônia. Como explica Poyares, a insônia crônica requer sintomas persistentes que ocorram com frequência específica ao longo de um período prolongado.


Além disso, os especialistas apontam para a influência da vida moderna no nosso padrão de sono. A constante exposição a estímulos digitais e o excesso de informações podem dificultar ainda mais o relaxamento necessário para adormecer.


Para combater essa epidemia do sono, os especialistas recomendam a adoção de hábitos saudáveis de sono, como manter uma rotina regular de sono, limitar a ingestão de cafeína e desligar dispositivos eletrônicos antes de dormir. Essas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na qualidade do nosso descanso e, por consequência, na nossa saúde geral.


Portanto, é hora de repensarmos nossos hábitos de sono e reconhecermos a importância de uma boa noite de descanso. Não se trata apenas de fechar os olhos e adormecer, mas sim de investir em nosso bem-estar físico e mental a longo prazo.


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