Por Fábio Souza, radialista profissional, DRT: 7198/DF


No fechamento do ano de 2023, a Bahia enfrenta um desafio significativo no combate à dengue, com um aumento de 33% nos casos em comparação com o ano anterior. Segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) em 26 de dezembro, o estado registrou 47.753 casos prováveis da doença, resultando em uma incidência de 322,4 ocorrências por 100 mil habitantes.


A situação também é preocupante em nível nacional, com o Brasil experimentando um aumento de 15,8% nos casos de dengue. Os números saltaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão no ano passado. O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, encontra condições ideais para se proliferar durante o verão, favorecido pelas chuvas e pelo calor.


O renomado infectologista Claudilson Bastos destaca a importância de medidas simples para evitar a proliferação do mosquito. "Devemos evitar manter água parada em ambientes internos e externos, que é o cenário ideal para a reprodução desse inseto", alerta o especialista. Ele ressalta a necessidade de evitar o acúmulo de água em diversos recipientes, como latas, potes, pneus, tampas, garrafas e calhas, recomendando a desobstrução desses locais.


Bastos também destaca a relevância da vacinação como medida preventiva contra a dengue. Atualmente, a vacina Qdenga (TAK-003), desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda, está disponível na rede privada brasileira. Autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina protege contra os quatro tipos do vírus (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4), sendo os tipos 1, 2 e 4 os mais comuns no Brasil.


"A Qdenga é uma vacina segura, com excelente eficiência, e pode ser administrada em pessoas de 4 a 60 anos", destaca o infectologista. Ele enfatiza que o imunizante ajuda a prevenir mais de 80% dos casos de dengue, reduzindo em 90% as hospitalizações. Prevista para ser incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro, a vacina será inicialmente direcionada a públicos e regiões prioritárias.


Diante desse cenário desafiador, a conscientização da população sobre a importância das medidas preventivas e da vacinação é crucial para conter a propagação da dengue. O combate à doença exige uma abordagem integrada, unindo esforços da sociedade, autoridades de saúde e setor privado.


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